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Diálogos sobre o começo e sobre o fim de um amor.

- Você é que tem vergonha de admitir que está comigo - ele disse.
- Não é vergonha o que sinto - ela responde.
- Então o que é? Me explique a razão de não contar ao mundo que estamos juntos e nos amamos.
- É medo.
Houve uma pausa.
- Medo? - ele pergunta.
- Sim, medo. Não do que eu sinto por você, pois isso está muito claro em meu coração.. Tenho medo de você.
- Alguma vez te fiz alguma coisa para você ter medo de mim?
- Não é o que você faz comigo, é o que você faz com você mesmo que me assusta. Como eu posso estar apaixonada por alguém que bebe para dormir e bebe para acordar, dirige rápido demais quando está sozinho, se mete em brigas em bares na cidade, se dá tão pouco valor, se finge de burro para todo mundo quando na verdade é a pessoa mais inteligente que eu já conheci? É isso que me assusta.
- O que me garante que você não vai parar de gostar de mim se eu mudar?
- Não chamaria isso de mudança. Chamaria de melhoria,
- E você não tem medo de que se eu "melhore", eu comece a me achar bom demais para você?
- Acho que te amo o suficiente para saber que mesmo que você não esteja comigo, pelo menos está "melhor". Isso é amor na sua forma mais pura e altruísta.

Sei que não posto há séculos, mas responderei aos comentários e tentarei atualizar o blog com mais frequencia.